Quero voar -
mas saem da lama garras de chão
que me prendem os tornozelos.

Quero morrer -
mas descem das nuvens
braços de angústia
que me seguram pelos cabelos.

E assim suspenso
no clamor da tempestade
como um saco de problemas
tapo os olhos com as lágrimas
para não ver as algemas...

(Mas qualquer balouçar ao vento me parece Liberdade.)

José Gomes Ferreira

2 comentários:

Mia disse...

por vezes as grilhetas que nos prendem, sao suaves, sao amaveis, sao doces....imperceptiveis...mais dificeis de destruir, mais dificeis de destroçar...e continuamos assim baloiçando na brisa.

A. disse...

oi jose obrigado pelas palavras queridas que deixaste no meu blog.....sempre que possa darei uma palavra no teu ou teus blogs....
ate breve