é a minha mão,
a raiva
que prime a adaga.
corta célere a alma,
rasgando cerce
o ventre da vontade.
para que tudo se apague,
para que nada fique.
para que a morte se cumpra.
Eu sou o anjo do desespero. Das minhas mãos distribuo a embriaguês, a estupefacção, o esquecimento, gozo e tormento dos corpos. Meu discurso é o silêncio, meu canto o grito. À sombra das minhas asas mora o terror. Minha esperança é o último suspiro. Minha esperança é a primeira batalha. Eu sou a faca com que o morto arromba o seu caixão. Eu sou aquele que será. Meu descolar é a sublevação, meu céu o abismo de amanhã. [Heiner Müller]
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6 comentários:
Nossa...
Que trágico meu amigo.
Lindo mas trágico.
Bjs
raiva? nas tuas maos apenas tenho encontrado ternura e carinho.
o que te doi tanto que queiras cortar de ti?
beijo sempre terno
É na tua mão que tá a força da vida, e o alento de querer vencer..
Bjs
Teoria ou prática? Fernando Pessoa dá a resposta. Abraço
Este foi um simples exercício poético, em nada marcado por sentimento meu.
Esta é a minha teoria sobre o suicídio.
que renego. com toda a força do meu ego!!!
Lembro-me de uma frase um tantop quanto dura, sobre: "...A mão que fere e apunhala é a mesma que alimenta tua casta...", mas prefiro analisar como um sentimento ativo que ilustra o auto flagelo.
Ambiguidades à parte...vejo sapiência nas palavras dos textos.
Amplexos para tí!
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