outra vez






se cai a noite entre paredes que consomem de mim
a sanidade que um dia julgaria vir a possuir

- a salvo de tudo o que me proteja dos demónios -
fito o escuro vazio do branco onde perco a minha alma
que se torna negra como um anjo na descida

- nesta geometria encaixotada que me priva o céu aberto -
as estrelas do teu nome brilham dentro do meu eu que não conheço
cantam sábias petulâncias em tons serenos de chamamento


«fecho os olhos e estou lá no amanhã que nunca vem
e danço as letras do teu nome em sinal de finalmente»

3 comentários:

Avó do Miau disse...

Olá Amandio, voltei para ver as novidades e dizer-lhe que sinto a sua falta lá no meu blog!
A escolha do texto do Miguel Toga foi excelente, até porque este poema é o último de um livro em que ele nega a existência de Deus. Por fim de uma forma curiosa, termina com esta conclusão, que nos leva a reflectir!
Um grande abraço e continuação de um bom fim-de-semana.

Dinis Lapa disse...

A dança da noite, dos monstros!

Ana P. disse...

Deixa que te diga, que vale a pena, vir aqui.

Beijo