ALTAR



o mel da minha saliva diz-me que em ti construo uma prece devotada ao altar do desejo. recolho-me em devoção à doçura incessante com que transformas o meu suor na água benta da dádiva.
eis-me em oferta e no meu corpo te entrego todos os pedaços firmes da minha fé!

glória eterna ao teu luar sem mácula,
que rezarei sem cessar nos meus uivos cantados!

©2008 joaquim amândio santos e editorial negratinta

PHOTO created by AUGUSTO PEIXOTO

3 comentários:

Twlwyth disse...

Prece ardente que sorve os ecos do luar.

Pilar M Clares disse...

Você a ve como a alma.
As minhas primeiras palavras portuguesas, com eu prometi e com um beijo.

Jorge Vieira Cardoso disse...

como todos os outros este poema é lindíssimo.
também as minhas rezas foram semeadas no altar das boas sementes, onde estava a sua fonte sábia para me regar e eu poder crescer nas palavras que a minha alma transpira.
obrigado...