quero-me na estampa fluorescente que ilumina o teu sorriso dócil, na onda que bate e quebra uma noz à borda de água sem roer a casca ou apertar o peito. quero a mão do ancião, áspera e serena, contrária a esta sinfonia wagneriana onde tudo é devasso e em rompante. quero saber de nada, melhor, não me preocupar com tudo. quero voltar à nossa rua, aquela do antigamente, d'outros anos. aquela onde as velhas não se punham à janela o dia todo e não mexericavam sobre o dia-a-dia dos outros com inveja da sua juventude. naquela rua existia a proximidade com a forma do teu rosto, liam-se as palavras ao contrário e soletrava-se em respeito a confidência que faz correr os dias NUM ÁPICE.
pena que não me lembre do caminho, que tenha perdido o mapa...

1 comentários:

Mia disse...

começa a caminhar, a lembrança surgirá...