Nós vivemos na cidade quase sempre perdidos nas nossas pequenas razões. Estas ruas ainda prometem mais do que podem cumprir?A breve epifania do amor ou simplesmente um cúmplice que nos diga, à mesa de um café, que não faz mal, que pouco importam as perdas e danos que sofremos. De qualquer modo o mundo continua. Entre o medo e a esperança procuramos a nossa incerta morada e enquanto isso envelhecemos mais um dia, colhidos pelo tempo em plena queda. Nas praças, nos quintais, a noite aparece depois do jantar cheia de boas promessas, mas já vem condenada ao tropel dos crentes, ao cego movimento da manhã.
Rui Pires Cabral

1 comentários:

oldmirror disse...

mais uma boa selecção