Um abismo imenso
(particula de alguém)
Uma ferida aberta
(pedaço de alguém)
Uma dor perene
(alimento de alguém)
Um amor intenso
possuido por ninguém.
Joaquim Amândio Santos - pedra sobre pedras
... obrigado
interrogação
autópsia de Mia
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Eu sou o anjo do desespero. Das minhas mãos distribuo a embriaguês, a estupefacção, o esquecimento, gozo e tormento dos corpos. Meu discurso é o silêncio, meu canto o grito. À sombra das minhas asas mora o terror. Minha esperança é o último suspiro. Minha esperança é a primeira batalha. Eu sou a faca com que o morto arromba o seu caixão. Eu sou aquele que será. Meu descolar é a sublevação, meu céu o abismo de amanhã. [Heiner Müller]
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5 comentários:
Bá, lindo demais.
Ainda estou recuperando o fôlego depois desta.
Beijos Mia.
É curioso que nas desgraças (abismo, ferida, dor) há sempre a presença/intervenção, directa ou indirecta, de uma segunda pessoa... mas no amor não...
Por vezes amamos e somos ignorados. Trilhos divergentes.
Abraço.
N.B. - Confesso que me fazia falta a leitura da tua escrita, dos teus Poemas. Continua!!
Lindo, para variar.
"
duna onde me deito,
razão máxima do meu pleito.
sou guerreiro e renego o cansaço.
sou sem laivos de turpor,
sou imenso num teu abraço,
sou ufano em descanso
nas areias do teu reino.
agora quedo em sossego,
num tempo que acorda manso.
"
JAS
Para ti Nina,
Pricesa, senhora e dona do Castelo
A foto faz-me lembrar o quarto do Van Gogh.
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