quero-te minha
numa retenção de portas aladas.
para sempre teu
solto das grilhetas de prisioneiro.
já estou a caminho,
amor,
num trilho que respeita
toda a seda dos teus contornos.
ouves os meus passos?
são música tua.
como tú
não deste mundo.
Eu sou o anjo do desespero. Das minhas mãos distribuo a embriaguês, a estupefacção, o esquecimento, gozo e tormento dos corpos. Meu discurso é o silêncio, meu canto o grito. À sombra das minhas asas mora o terror. Minha esperança é o último suspiro. Minha esperança é a primeira batalha. Eu sou a faca com que o morto arromba o seu caixão. Eu sou aquele que será. Meu descolar é a sublevação, meu céu o abismo de amanhã. [Heiner Müller]
quero-te minha
numa retenção de portas aladas.
para sempre teu
solto das grilhetas de prisioneiro.
já estou a caminho,
amor,
num trilho que respeita
toda a seda dos teus contornos.
ouves os meus passos?
são música tua.
como tú
não deste mundo.
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5 comentários:
Lindo poema...
Bjs
Amei este poema. Adorei esse estado de espiríto, essa paixão.
:)
Nada mais valioso que o amor e a essência que suas palavras emanam...
Beijinhos
é bom quando sabemos para onde caminhamos, ainda mais, quando o que guia os nossos passos é o amor.
lindissimo Amandio
beijinho
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