Inominável

Nunca
dos nossos lábios aproximaste o ouvido;
nunca
ao nosso ouvido encostaste os lábios;
és o silencio,
o duro espesso impenetrável silêncio sem figura.
Escutamos, bebemos o silencio
Nas próprias mãos
E nada nos une
- nem sequer sabemos se tens nome.

Eugénio de Andrade

4 comentários:

Luna disse...

Quando o silencio grita e o invisivel palpita, sabemos que está lá
Bjs

susana disse...

Há silencios que falam mais que mil palavras!!!

AQUENATÓN disse...

Boa tarde Amandio !


Obrigado pelas tuas palavras no meu canto.
Reparo que possuis um belo espaço de poesia e meditação. Volta sempre, Se me permites farei o mesmo. Estás nos favoritos, porque não sei LINKAR !

VIVA A POESIA !

Abraço

António Afonso

Joaquim Amândio Santos disse...

Bem hajas António Afonso pela saudação e conto com os teus assertivos comentários lá para os lados da minha negratinta!
aliás conto com todos estes companheiros de palavras para me dotarem de mais sussuros nascidos da ousadia!
desejo vos ver por lá num depósito que governo para vosso prazer!