vendem-se sentimentos


Os meus sentimentos deviam guarda-los, ainda lhe podiam fazer falta, e a mim não me serviam de nada, devia tê-lo aconselhado a guardar os sentimentos, nunca sabemos quando precisamos dos sentimentos, da latinha de fermento que está há anos na despensa, da camisola de lã que não é vestida há mais de cinco Invernos, nunca se sabe quando precisamos de coisas mesmo se nunca as utilizamos, não fosse essa incerteza e punha um anúncio no jornal:Vendem-se sentimentos.Estado impecável, como novos. Oportunidade única. Motivo mudança de vida. Bom preço

Dulce Maria Cardoso

1 comentários:

Anónimo disse...

Voy galopando sin saber donde, Vamos montar una Sentimento Corporation = Cortazar Forever !