Deste-me a intempérie, a leve sombra da tua mão a passar pela minha cara.
Deste-me o frio, a distância, o café amargo da meia-noite entre mesas vazias.
Julio Cortazar
Eu sou o anjo do desespero. Das minhas mãos distribuo a embriaguês, a estupefacção, o esquecimento, gozo e tormento dos corpos. Meu discurso é o silêncio, meu canto o grito. À sombra das minhas asas mora o terror. Minha esperança é o último suspiro. Minha esperança é a primeira batalha. Eu sou a faca com que o morto arromba o seu caixão. Eu sou aquele que será. Meu descolar é a sublevação, meu céu o abismo de amanhã. [Heiner Müller]
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5 comentários:
"o café amargo da meia-noite entre as mesas vazias". senti tanto esta frase.
me conmueve...
besos.
Deste-me. Passado. Isso é o que realmente importa. É passado.
do frio não gosto, mas quase sempre gosto das tuas escolhas.
a doçura do movimento perante a difícil serenidade do desejo que provoca...
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