Ele murmura:
deixemos o sonho para quando os corpos se perderem
no excesso das imagens ou na sua imitação
eles simulam o amor
um olhar rápido pelo lugar abandonado
pressente-se ainda a fuga dos corpos
na aragem que limpa a casa
a memória poderá reconstruir tudo a partir das imagens
e do intenso cheiro a mato
por agora nada mais é visível
azul e mais azul e nenhuma mudança na paisagem
nenhum vestígio
as luzes apagaram-se o material foi guardado
o lugar adormece por baixo do bolor imutáve
e no esquecimento
os actores caminham para o fim do filme
um gravador esquecido
regista os passos que se afastam devagar
não sabemos ao certo para onde
al berto
1 comentários:
Obrigado pelo cometário :p , Este está bonito , vejo que tambem se interessa poesia :D Adeus :D
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