tudo o que o tempo quebra não se esmaga em cinzas.
nunca desfeitas, nem pedaços ocos.
pontos migratórios do querer. para lá.
onde o pensamento reside na ventura do acontecer!
ALADO
autópsia de Joaquim Amândio Santos
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Eu sou o anjo do desespero. Das minhas mãos distribuo a embriaguês, a estupefacção, o esquecimento, gozo e tormento dos corpos. Meu discurso é o silêncio, meu canto o grito. À sombra das minhas asas mora o terror. Minha esperança é o último suspiro. Minha esperança é a primeira batalha. Eu sou a faca com que o morto arromba o seu caixão. Eu sou aquele que será. Meu descolar é a sublevação, meu céu o abismo de amanhã. [Heiner Müller]
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3 comentários:
Muito bonito isso "tudo o que o tempo quebra não se esmaga em cinzas."
Antes esmagasse, para que fosse possível esquecer. O tempo quebra. Apenas.
que dizer :)
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