toque...

É a labareda da seda sob os dedos transmitida ao corpo todo,
seda extraída ao segredo - tocar e ser tocado,
sentir em si a ligeireza do fogo, a profundeza,
e estremecer, ficar em chaga;
e com dedos e sedas manter às labaredas,
entre terror e louvor, a comburente,
combustível composição de tudo:
ser queimado vivo,
ser luminoso.

Herberto Helder

3 comentários:

oldmirror disse...

Queria tanto que existissem as tuas palavras para que as minham também pudesse viver aqui.

Ana Luar disse...

A seda está na escolha que fizeste para este poema de Herberto Helder.
Lindo... lindo!

Luna disse...

deixo uma beijoca