Despede-te de mim, bate devagar à porta, tenho vontade de recomeçar, reerguer escombros, ruínas, tarefas de pão e linho, não dar nome às coisas senão o de um vago esquecimento, abandono. Despede-te de mim como se a vida recomeçasse agora, não me procures onde a memória arde e o destino se ausenta. Tudo são banalidades, afinal, quando assim se recomeça e a vida falha como um material solar e ilhéu. Levamos poucas coisas, basta um pouco de ar, os objectos fixos, em repouso, os muros brancos de uma casa, o espaço de uma mão. Arrumo as malas e os sinais, aquilo que nos adormece em plena tempestade.
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