É porque existe o desejo, o olfacto, e o medo, e os vivos apaixonam-se por outros vivos,
e lembram-se, por vezes, do enorme número de mortos;
e dentro destes há alguns que os fazem desligar a luz e o trabalho,
e o quotidiano aí já não basta,
porque o coração tem em certos dias um orçamento incomportável.


Gonçalo M. Tavares

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