"Até posso corar se te disser que todas as noites,
quando me afundo na cama,
abraço-me como se fosses tu a abraçar-me.
Peço-me de empréstimo.
Enquanto os teus braços estão aí,
noutro lugar do vento"
Ana Salomé
Eu sou o anjo do desespero. Das minhas mãos distribuo a embriaguês, a estupefacção, o esquecimento, gozo e tormento dos corpos. Meu discurso é o silêncio, meu canto o grito. À sombra das minhas asas mora o terror. Minha esperança é o último suspiro. Minha esperança é a primeira batalha. Eu sou a faca com que o morto arromba o seu caixão. Eu sou aquele que será. Meu descolar é a sublevação, meu céu o abismo de amanhã. [Heiner Müller]
Diseño por Arcsin | A Blogger por Blog and Web
1 comentários:
esse poema é da autoria de ana salomé. fica o reparo.
beijinho*
Enviar um comentário