a salinidade imaginária
dá um alento redobrado ao mel dos nossos sentidos.
torna-o prolífero num farto desejo
desaguando em ti
cada gota cristalina do meu mar.
REBENTAÇÃO
autópsia de Joaquim Amândio Santos
Eu sou o anjo do desespero. Das minhas mãos distribuo a embriaguês, a estupefacção, o esquecimento, gozo e tormento dos corpos. Meu discurso é o silêncio, meu canto o grito. À sombra das minhas asas mora o terror. Minha esperança é o último suspiro. Minha esperança é a primeira batalha. Eu sou a faca com que o morto arromba o seu caixão. Eu sou aquele que será. Meu descolar é a sublevação, meu céu o abismo de amanhã. [Heiner Müller]
a salinidade imaginária
dá um alento redobrado ao mel dos nossos sentidos.
torna-o prolífero num farto desejo
desaguando em ti
cada gota cristalina do meu mar.
autópsia de Joaquim Amândio Santos
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