vai até onde ninguém te possa falar ou reconhecer – vai por esse campo de crateras extintas – vai por essa porta de água tão vasta quanto a noite deixa a árvore das cassiopeias cobrir-te e as loucas aveias que o ácido enferrujou erguerem-se na vertigem do voo – deixa que o outono traga os pássaros e as abelhas para pernoitarem na doçura do teu breve coração – ouve-me que o dia te seja limpo e para lá da pele constrói o arco de sala morada eterna – o mar por onde fugirá o etéreo visitante desta noite.

Al Berto

1 comentários:

flor disse...

adoro esse trecho. e as imagens casam tão bem.
gostei muito do blog, parabéns