não tinha sentido pensar em ti
e não sair a correr para a rua
procurar-te imediatamente
correr a cidade de uma ponta a outra
só para te dizer boa noite
ou talvez tocar-te
e morrer
al berto
Eu sou o anjo do desespero. Das minhas mãos distribuo a embriaguês, a estupefacção, o esquecimento, gozo e tormento dos corpos. Meu discurso é o silêncio, meu canto o grito. À sombra das minhas asas mora o terror. Minha esperança é o último suspiro. Minha esperança é a primeira batalha. Eu sou a faca com que o morto arromba o seu caixão. Eu sou aquele que será. Meu descolar é a sublevação, meu céu o abismo de amanhã. [Heiner Müller]
autópsia de Mia
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2 comentários:
sem olhar para trás...
Alberto foi imenso, é imenso assim como que as ruas do Porto na madrugada e no silêncio do rio.
" Correr a cidade de uma ponta a outra" É isso dizer boa noite e morrer.
Abraço nas palavras.
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