No ponto onde o silencio e a solidão
Se cruzam com a noite e com o frio,
Esperei como quem espera em vão,
tão nítido e preciso era o vazio.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Eu sou o anjo do desespero. Das minhas mãos distribuo a embriaguês, a estupefacção, o esquecimento, gozo e tormento dos corpos. Meu discurso é o silêncio, meu canto o grito. À sombra das minhas asas mora o terror. Minha esperança é o último suspiro. Minha esperança é a primeira batalha. Eu sou a faca com que o morto arromba o seu caixão. Eu sou aquele que será. Meu descolar é a sublevação, meu céu o abismo de amanhã. [Heiner Müller]
Diseño por Arcsin | A Blogger por Blog and Web
2 comentários:
querida mia,
também eu não tenho palavras
beijo-a ternamente
alice
Muito bom...
Ótima escolha.
Bjinhos meus.
Enviar um comentário